Os meses de abril e novembro, que está já aí à porta, são geralmente escolhidos para o culminar do acesso ao RICS e para a conclusão do APC.
APC é a sigla de Assessment of Professional Competence, o processo que assegura que os candidatos têm as competências necessárias para serem membros RICS e, consequentemente, Chartered Surveyors.
O acesso ao RICS pode ser feito por vários caminhos, “Pathways”, que devem ser escolhidos pelo candidato. São exemplos the “pathways” Facility Management, Project Management, Commercial Real Estate, Valuation of Businesses and Intangible Assets e Valuation, entre outros.
Os candidatos que façam o seu acesso pela “pathway” de Valuation (a normalmente escolhida pelo perito avaliador de imóveis) ou de assuntos correlacionados com esta temática (p.e. Valuation of Businesses and Intangible Assets ou Personal Property/Arts and Antiques) devem ter um conhecimento profundo do livro mais reconhecido na área da avaliação: o Red Book Global Standards, cuja última edição entrou em vigor em 31 de janeiro de 2022.
A revista “online” Journals publicou este mês um artigo muito interessante, da autoria de Jen Lemen FRICS, que aqui se partilha, uma ajuda para compreender o Red Book Global Standards.
(https://ww3.rics.org/uk/en/journals/property-journal/red-book-valuation-apc-requirements.html)
Nele podemos compreender a importância de temas como Bases de Valor, pressupostos, incerteza material ou avaliação de portefólios, só para mencionar alguns.
Todos nós ouvimos falar, nos últimos anos, da venda de carteiras de imóveis da banca, que não são mais que portefólios. Quem está ligado a esta matéria apercebeu-se de muito ruído, nomeadamente na esfera política e da comunicação social, que seria evitável se houvesse uma leitura cuidada da VPGA 9 do Red Book:
“The key issue here is to consider whether placing a whole portfolio, or a substantial part, on the market at the same time could lead to a reduction in values. Similarly, the opportunity to purchase a portfolio of properties could, in some circumstances, result in a premium in price.”
Os colegas que se estão a preparar-se para a entrevista final devm ler este artigo, que é uma boa ajuda.
Este artigo foi elaborado por João Fonseca, perito avaliador de imóveis e perito avaliador de máquinas e equipamentos, registado na CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) com o registo PAI/2010/0019, membro 7313161 do RICS (Royal Institution of Chartered Seurveyors), RICS Registered Valuer, membro da TEGoVA e European Registered Valuer REV-PT/ASAVAL/2023/8, Vogal do Conselho Fiscal, Disciplinar e Deontológico da ANAI (Associação Nacional de Avaliadores Imobiliários), Perito da Bolsa de Avaliadores da Câmara Municipal de Lisboa, Associate Thinker no blogue out-of-the-boxthinking.blogspot.pt. É coautor do livro “Reabilitação urbana sustentável”, ISBN 978-989-8414-10-6. Possui uma Pós-Graduação em “Gestão e Avaliação no Imobiliário” pela Católica Porto Business School e tem o curso de formação em “Avaliação Imobiliária” pela Escola Superior de Atividades Imobiliárias. Tem escritórios na Rua Pinto Bessa, 522, RC, Centro, Esquerdo, 4300-428 Porto e na Rua Visconde de Santarém, 75 C, 1000-286 Lisboa. É formador em avaliação imobiliária na empresa Domínio Binário. A Lei n.º 153/2015 de 14 de setembro regula o acesso e o exercício da atividade e a profissão dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro nacional.